sábado, 11 de julho de 2015

O terror do morfológico do 1º trimestre!

Sempre ouvi falar sobre esse exame, mas afinal, o que ele realmente vê? 
Mesmo sem saber ao certo o que seria investigado, eu já me apavorei e comecei a ter pesadelos todas as noites. Osso nasal, translucência nucal...Sabia que alguma síndrome ou anomalia poderia ser detectada e isso me deixava angustiada. 
Antes de eu engravidar, estava fazendo o desmame do remédio que tomava para a síndrome do pânico e, mesmo cortando o remédio quando desconfiei estar grávida, ainda tinha receio.
Ok, me "preparei" para todos os tipos de notícia. 
Se a médica visse algo no exame, isso faria com que o meu amor pelo meu bebê diminuísse? De forma alguma. Sempre senti um carinho muito grande por crianças especiais. Tive a honra de trabalhar com uma garotinha com Síndrome de Down (eu era a madrinha dela no trabalho) e essa experiência me tornou uma pessoa muito melhor. Sinto um amor imenso por essa menina, que não vou citar o nome.
Mas então, pra que tanto pavor? Justamente por ter convivido com uma pessoa especial, sei as limitações e as preocupações que a família tem. Dá a sensação de que você precisa ser eterna para proteger o seu filho para o resto da vida. 
Todos pensam assim? Obviamente não, mas eu penso e como já dizia o grande Caetano, cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é.  Esse então era o meu medo.
Liguei para a minha mãe com um mês de antecedência e implorei para que ela viesse para São José dos Campos para poder ir comigo fazer o exame morfológico. A princípio, ela não queria vir, mas fiz aqueeeeeele drama e ela veio.
Eu já não dormia direito, chorava a toa e não conseguia pensar em nada além desse exame.
Chegou o dia! Fomos até a clínica e eu precisei assinar um termo. Li o termo e a minha ansiedade aumentou. Nesse documento citam algumas síndromes que nunca tinha ouvido falar antes, comecei a procurar o que era cada uma delas na internet e não foi legal. 
Tenho uma amiga que está grávida também. Ela trabalha comigo. Descobri a gravidez algumas horas antes do que ela, mas ela está com 5 dias a mais do que eu. No mesmo dia, de manhã, minha amiga fez o exame e já avisou a médica que eu iria fazer o exame a noite e estava desesperada.
A médica, sabendo como sou, nem quis aferir a pressão antes do início do exame. Ouvimos o coração do bebê, ela mediu tuuuuudo o que precisava medir e estava tudo bem, graças a Deus!
Ele mexeu demais! Ele é lindo e agitadinho como a mamãe. rs 
Achei o máximo as gracinhas que ele fez na frente da mamãe e da vovó, mas gostaria que ele tivesse ficado parado, pelo menos um minutinho, para a médica fazer a foto 4D.    =(
No final do exame, ela perguntou: "Vocês não vão me perguntar o que todo mundo quer saber?". Respondi: "Depois de saber que está tudo bem com o meu bebê, já não importa tanto se teremos um menino ou uma menina, mas queremos saber sim". Ela não deu nem porcentagem de acerto, pois tinha certeza de que era um MENINO!
Saímos de lá duplamente felizes. Senti um alívio enorme e uma gratidão sem fim. Eu sei que, lá no fundo, caso descobríssemos que meu bebê teria alguma anomalia, eu me culparia pelo resto da vida, mesmo se alguém dissesse que não tinha sido pelo uso (por dois ou três dias) do meu medicamento.
Meu menininho já tinha nome, eu sempre desejei ser mãe de menino, mas ainda não queria me iludir. O exame para saber o sexo do bebê seria realizado com 17 semanas e não custava nada esperar.




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